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O ISLAMISMO, EU E DEUS.


Olá pessoas. Não sou perito em escrever textos e/ou artigos, sou péssimo com acentuação e não sou o melhor no domínio da língua portuguesa. Então vou usar de toda a liberdade poética e virtual que a internet nos oferece, colaborando muito para nosso emburrecimento cultural, a começar por mim. Mas a internet não é o caso aqui.
Sempre acontecem pequenos fatos durante meu dia-a-dia que me fazem pensar e repensar sobre o rumo da minha vida. Mas a alguns dias tem acontecido fatos, que realmente tem me feito pensar sobre minha postura como um cristão imperfeito e incompleto diante de Deus.
Como alguns sabem (e outros não), a pouco menos de um mês estou cuidando do depto de marketing de uma rede de lojas de Mogi. Essa rede por sua vez pertence a uma família de Libaneses, da qual sou amigo a uns 10 anos.
Esta família tem como religião o Islamismo. E com o convívio do dia-a-dia, tenho aprendido um pouco de como é a sua rotina “religiosa”.
E por incrível que pareça, tenho aprendido muito com eles.
A começar pela sua postura diante dos funcionários.
Já trabalhei em muitos lugares, com todo tipo de gente e já tive todo tipo de patrão, de todas as raças, credos e cores. Mas, os 4 proprietários desta rede de lojas tratam da faxineira ao gerente, do montador ao arquiteto da mesma forma, em tudo. Eles dão atenção a todos, se preocupam com cada um e fazem questão de lembrar a todo o momento, o quanto eles são importantes naquele meio. Não estou dizendo que são perfeitos, mas digo que eles têm uma preocupação que poucos de nós, como “cristãos” que dizemos ser, tem hoje em dia, ainda mais na correria em que vivemos.
Não entendo ao pé da letra o islamismo, mas pelo pouco que vejo, fico muito surpreso.
Todos os dias, sem exceção, alguns jovens vêm da mesquita até a loja para, apenas, conversarem com alguns dos meus chefes. Eles não vêm pedir nada, trazer nada, apenas vêm, sentam, conversam e às vezes oram (da forma deles) juntos. Com o calor que tem feito, eu estou com preguiça de sair pra almoçar, e esses caras vêm andando lá da mesquita, que não é nada perto do meu trabalho, com aquelas roupas que vão do pé à cabeça.
Isso tem me feito pensar, será que um dia serei assim? Será que irei um dia sair da minha zona de conforto e visitar um irmão, apenas para ver como ele está, pelo prazer de estar ali com ele?
Lógico que nós sempre saímos pra ver nossos amigos, mas quantas pessoas hoje na igreja estão esperando por uma visitam, um telefonema, algo que as façam se lembrar que tem alguém preocupadas com elas?
E não para por aí. A parte que mais me impressiona não é essa ainda.
Diz aí, quantas vezes ao dia, ou na semana você para tudo que está fazendo e ora a Deus agradecendo por tudo que Ele tem feito por você? Muitas vezes eu deixo para orar a noite, mas chego tão moído, que quando vejo minha cama eu capoto e entro em coma sobre ela.
Deixando de lado a religiosidade, pois não sou ninguém pra dizer quem está certo e quem está errado. Hoje, uma cena se repetiu e novamente eu fiquei surpreso.
Estávamos eu e mais 3 pessoas, fazendo uma reunião de planejamento. Uma dessas 3 pessoas era meu chefe. A reunião se estendia por mais de uma hora. De repente, ele disse para encerrarmos a reunião, pois já estava muito longa.
Ok, manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Fui para minha mesa e notei que esqueci, pra variar, de informar algo a ele. Voltei até aquela área da loja e ele havia sumido. Perguntei onde ele estava e ninguém sabia. Fui até o fundo da loja, onde alguns clientes estavam sendo atendidos, e ao olhar para a esquerda, ao lado de uma mesa, vi o ali no chão, ajoelhado, orando e agradecendo por tudo que Deus estava fazendo em sua vida. Detalhe, os clientes e funcionários podiam vê-lo facilmente, e ele não estava nem ai pra isso. Estava somente interessado em orar e agradecer. Eu já o conheço a um bom tempo e não é a primeira vez que o vejo fazer isso. Deixando novamente a religiosidade, vi ali que ele realmente estava com o coração entregue naquela oração. Naquele momento me senti muito envergonhado, pois quantas vezes eu deixei de orar em voz alta por vergonha ou outro motivo qualquer. E o pior, quantas vezes ao dia eu tenho parado tudo para orar e agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito. Não falo daquela paradinha de 1 minuto antes de dormir, mas sim, um tempo separado pra Deus, onde todo meu coração e mente, estarão voltados para Ele. Podem até dizer que essas caras são religiosos, mas já os vi pararem e orarem 3vezes em um dia, mesmo sendo religiosidade, eu não tenho feito isso nem uma vez ao dia.
Esse mês, as vendas estão muito ruins, devido à crise do mercado e ao carnaval. Mas todos os dias quando fechamos a loja, um dos proprietários sempre fala: temos que agradecer a Deus, pois Ele tem sido muito bom com a gente. O cara agradece até em dias em que não vendemos NADA. E eu? E você? Temos agradecido a Deus simplesmente por Ele estar cuidando de nós? Apenas porque Ele tem nos dado uma vida muito boa? Apenas por estarmos vivos? Apenas por Ele ser bom com a gente?
Tenho tentado viver uma vida reta diante de Deus, confesso que não tem sido fácil, que sou o maior pecador e o cara mais podre que conheço, mas hoje, venho agradecendo a Deus por tudo que Ele tem feito por mim, por Ele ser MUITO bom pra mim, pois se não fosse Ele, eu nem estaria aqui, eu não teria esse emprego, não teria meus amigos, minha vida, eu não seria nada.
Sei que a bíblia fala para orarmos em nosso quarto, sem fazer escarcéu, sem ficar gritando nas praças feito um doido, botando medo nas pessoas. Mas se reservar um tempo pra Deus e não ter vergonha de mostrar que eu O amo e sou grato a Ele é ser “religioso”, acho que está na hora de eu ser um pouco mais “religioso”.

Nós vemos no caminho.

Douglas Araujo | cansado de ser evangélico | Menbro da Vineyard Café

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