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A CENTRALIDADE DE CRISTO


Acredito que, enxergar Cristo fora dos guetos eclesiasticos, no nosso caso especificamente os evangelicos, seja um dos desafios das igrejas deste século. As pessoas que se encontraram com Ele são, sem dúvidas, as mais privilegiadas. Porem quem são, onde estão e como estão...

Dentro de um pragmatismo religioso, colocamos de certa forma o POVO DE DEUS acima do senso comum. Moda, musicas, dinheiro, bens, são futeis enquanto não nos convem. E quando convem, o discurso não acompanha a prática ou vice-versa. Como povo de Deus sentimos cercados e pressionados a sinalizar o Reino e fazer valer o que nós somos diante do sacrificio, cumprir nosso legado terreno. (Apenas uma obsevação, esta leitura tenho feito a partir de pessoa com quem tenho caminhado a algum tempo. Pessoas sérias que, apesar delas, tentam viver um cristianismo puro, sem mascaras, cheias de dúvidas mas com um coração aberto para um agir genuíno de Deus. Por favor não as misturem com aqueles que vc tem visto na mídia. À estes cabem... bom, eles se bastam.)

De certa forma concordo com isto. Se estamos aqui apenas para perpetuar a especie e que a minha geração futura desfrute de uma vida mais confortavel com bens materiais, acho que fracassei como pessoa. Acho que vida é muito mais que isto sim.
Como bom cristão que sou (ah tá, sei) deveria investir no bem estar comum. Pensar menos em mim e mais nos outros, ser leal, apesar de duvidas, a minha fé cristã, ter os olhos de Deus, empenhar-me nas disciplinas espirituais, amor a Deus e ao proximo, servir mais, mesmo sem a recíproca, enfim mais de Deus atraves de mim, apesar de mim.

A busca incessante pela paz, justiça e amor deveriam nos atestar mais como pessoa à teologia ou filosofia que seguimos e até mesmo defendemos. Acredito que, ao redor do mundo, porções desta tríade são manifestadas não importando o credo apesar do caos aparente. Muitas instituições sérias em defesa da vida foram e são criadas de modo a diminuir o abismo, aliviar a dor, assistir o necessitado e acredito que isto seja a porção da graça de Deus agindo em todos, por todos sem distinção seja ele o abençoador ou o abençoado.

Entretando tenho questionado as minhas ações e a falta dela. Quando faço, pra quem estou fazendo e a quem estou servindo? E quando não faço, quem é o maior prejudicado? Havera ainda uma segunda oportunidade para as duas pontas da corda? O faminto, a viuva, o pobre de espirito, o cansado é o final da cadeia?

Creio que não. Existem vidas inteiras atras e na frente da cesta basica, atrás e na frente da esmola, atrás e na frente do trabalho oferecido, atrás e na frente da ignorancia e frieza da situação. Vidas que, seja dando ou seja recebendo, precisam de algo à mais. Não pense vc que agora desfilarei a teologia do pobre ou da missão integral, não tenho cacife pra isto. E tambem não vou jorrar palavras hipócritas do tipo "Pessoas não precisam de assistencialismo, elas precisam mesmo é de Deus". Não mesmo. Quando cito "vidas inteiras atras e na frente da..." quero instigar pensamentos e trazer perguntas, mesmo sem respostas, sobre o CENTRO DE NOSSAS ATITUDES. Será que estou oferecendo algo além da cesta básica? Será que esta pessoa deseja algo alem da cesta básica?

Nisto concluo que não é de se estranhar que pessoas estão muito a vontade sem uma vida comunitária, sem Deus, sem uma religião (seja ela qual for), sem relacionamentos. A pós modernidade nos "catapultou" para isto. Aos que querem ou se sentem de certa forma obrigados a agir, bastam alguns telefonemas ou alguns cliques na internet vc ajuda (e muito) pessoas que voce nunca saberá quem é, seu nome, sua história, seu mundo. E aos que precisam ser ajudados bastam se inscrever em algum programa do governo, pastoral, caritas ou afins para terem seu "desejo" saciado. Volto a perguntar, será que é só isto? Não temos mais nada a oferecer a não ser nossa mão de obra e agindo assim aliviamos aquele "peso da consciencia"? Na minha opinião, acho que existe uma lacuna e é neste nicho que deveriamos agir.

Fazer por fazer não alivia em nada e deixar de fazer testifica que, por mais crises existenciais o homem tenha, em ultima instancia os seus interesses sempre estarão em primeiro plano. A história bonita do exemplo do patrão do Doug (ver texto abaixo) não está no emprego dado a um morador de rua e sim na possivel mudança proporcionada a vida dele e dos seus. Acredito que perrmitir uma mudança (no nosso dialeto "conversão") é a maior dádiva que podemos proporcionar à aqueles que foram criados a imagem e semelhança de Deus e que esta mudança possa ser gerada nos dois extremos. Neste caso acho que atingimos o objetivo, preenchemos a lacuna.

É isto...

PS: Quanto a conversão, acredito que seja mais que uma mudançao de religião, denominação, filosofia ou algo parecido. "Prefiro ser esta metarmofose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Fernando - membro da vineyard café

1 comentários:

VINEYARD CAFÉ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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