João 17.11,21-23
Penso que as igrejas evangélicas de um modo geral vivem uma grande inversão de valores. Valorizam o periférico não o que é central. Valorizam a quantidade negligenciando a qualidade. Valorizam os programas e não as pessoas. Aliás, a maioria das vezes – mesmo dentro de algumas igrejas - as pessoas são valorizadas pelo que têm, não pelo que são...
É interessante pensar que a mais de dois mil anos atrás, Jesus não tinha distrações com o periférico. Sabia o que devia fazer. Jesus não tinha preocupação com multidão, muito menos com programas. Jesus preocupava-se com pessoas. Jesus tinha propostas do Reino, guardadas até hoje em seu Evangelho.
Dentre as muitas que Ele oferece, tenho pensado muito em me tornar resposta à Sua oração. Tenho sentido o forte desejo de viver e experimentar a Teologia de João 17: SERMOS UM NO PAI. Para que desta maneira, o mundo conheça Quem nos enviou, e no nome de Quem falamos. Imagino que para isso:
1. Já é hora de pagarmos o preço, qualquer que seja ele, de fazer parte de uma Comunidade Espiritual, e não de uma organização eclesiástica. Não podemos permanecer o resto de nossas vidas satisfeitos com crentes “obesos de teorias” e vazios de ideais. Precisamos transformar nossa igreja (instituição) em igreja (Comunidade Espiritual).
2. Já é hora de virarmos as cadeiras uns para os outros, e de deixarmos de viver uma comunhão cristã leviana e insípida; onde, não há preocupações e cuidados verdadeiros. Onde o “querido irmão” é só mais um rosto que nos habituamos a ver aos domingos.
3. Já é tempo de edificarmos a igreja, e transforma-la numa comunidade de pessoas que se refugiam em Deus e encorajarmos uns aos outros a jamais fugirmos em busca de outros socorros.
4. Já é tempo de nos tornarmos a resposta da oração de Jesus, e fazermos assim diferença no mundo onde vivemos. Compartilhando em nossa comunidade (a igreja que congregamos) a unidade o Evangelho transformador de Jesus Cristo.
Sei que esta proposta não é fácil de ser vivida. Sei também que com ela estaremos caminhando na contra-mão do que temos visto em termos de igreja; onde o que vale é o “ativismo desvairado” ou o “evangelho que distrai”. Mas estou convicto que é esta proposta de Igreja que encontramos nas páginas de nossa Bíblia[1].
Pense nisso, e ajude na mudança!
milton paulo
[1] Mais sobre este assunto: PETERSON, Eugene H.. A sombra da planta imprevisível. United Press.SP 2001, e CRABB, Larry. O lugar mais seguro da Terra. Editora Mundo Cristão. SP 2000.
0 comentários:
Postar um comentário