O Brasil vive uma crise de identidade. Deixamos de ser aquele país tosco de terceiro mundo, mas estamos longe de ser aquela potencia vislumbrado pelo presidente Lula e alguns otimistas de plantão. Mas estamos, dizem os especialistas não eu, no caminho certo. O que somos de fato eu não sei, só sei que o Brasil, apesar dos avanços tecnológicos, redução do desemprego e pobreza, ainda rasteja em educação, saúde e segurança pública. Não há muito que se comemorar.
E navegando pela internet, alguns sites religiosos de cunho “evangélico” desfilam as qualidades babilônicas do Brasil como, pré-sal, recorde na produção de alimentos e diminuição da pobreza, para testificar as insanidades ditas tempos atrás como profecia. – “2008 o Brasil será outro, 2010 o Brasil aos teus pés” – é apenas um dos exemplos de um país próspero esperado pelos “Nabucodonozores”.
Desculpe-me, mas não consigo ingerir tais “profecias”. Ou eu faço uma leitura muito equivocada do tempo presente, através dos fatos, e do futuro, através da bíblia, ou estes caras estão querendo mesmo ludibriar a massa e o pior é que estão conseguindo. Não vejo o mundo com bons olhos quando meu filho tiver seus 15 anos. Se foi difícil a minha educação, o que diremos à dos nossos filhos e netos.
Agora mais um trunfo, a escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede das Olimpíadas de 2016. O Brasil real sai de cena e entra o Brasil olímpico “orgulho de ser brasileiro”. Não quero ser cinzento demais, pois até uma poupança penso em fazer para 2016, porem do ponto de vista econômico o Brasil está pronto para decolar. A “profecia” acima pode até esta certa com um ajuste de data claro, (O Brasil talvez seja outro em 2010 e não em 2008. É esperar para ver). Do ponto de vista social já estamos descendo a ladeira. E se não tomarmos as devidas providencias, estas olimpíadas tem tudo pra ser uma extensão do PAN.
Entendo que olhar a realidade nunca foi e nunca será fácil. Pode ser que o meu olhar sobre a terra tupiniquim seja o mais agourento que ele é na verdade, mas, se levantarmos as últimas manchetes dos jornais veremos que, até certo ponto, o copo pela metade está “meio vazio” e não “meio cheio”. As instituições representativas do povo (igrejas, ong’s, senado, câmara, etc.) na figura de seus representantes escondem dólares em bíblias e cuecas, constrói castelos, criam igrejas fantasmas, superfaturam obras financiadas com dinheiro publico e se escondem em supostos benefícios gerados e como a informação está dinâmica e rápida, com esta mesma rapidez, a mesma informação vaporiza nas redações dos jornais e no mundo virtual.
Não tenho dúvidas da potencia que se tornará o Brasil daqui vinte anos ou até menos. Agora prospectar um país próspero apenas com indicadores econômico não levando em conta as condições da massa é bem característico dos megalomaníacos que criamos nos últimos anos de cristianismo em especial o evangélico.
Talvez eles acreditam mesmo que Deus seja Brasileiro, Talvez ele seja de Garanhuns. Talvez ele tenha barba e não tenha os membros superiores completos. Talvez ele seja metalúrgico e presidente de um país. Talvez ele ganhe o mundo inteiro. Talvez ele perca sua alma!!! Talvez
É isso
P.S. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Fernando Vieira
membro da vineyard café
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DEUS É BRASILEIRO
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