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CABELOS BRANCOS


Não sou saudosista. Mas no meu último aniversário, pude observar que já estou descendo do outro lado da montanha! A primeira metade da vida já passou. E se o salmista estiver com a razão – e geralmente ele está – passar dos 70 ou 80 anos é “enfado da carne...”. É, demorou mas cheguei ao meio do caminho!

Bom, dos meus 42 anos, 25 deles passei envolvido com o Evangelho, com Igreja e com igreja. Vi coisas do arco da velha, mesmo não tendo nascido há 10.000 anos atrás!

Vi os “corinhos” invadir a liturgia dos cultos tradicionais, num tempo que bateria era instrumento do demônio. O órgão era sacro e a guitarra profana;

Vi o Katsbarnéa nascer. Não só ele, mas também a Oficina G3, o Resgate, o Troad, e muitos outros que surgiram por um breve espaço de tempo e depois sumiram;

Sou do tempo do Janires e a Banda Azul. Do Sergio Pimenta...

Sou do tempo do “culto ao ar livre” com caixote de maçã como palco e sempre um bêbado se “convertendo” e chorando no ombro dos diáconos na praça;

Sou do tempo que os diáconos da igreja discutiam, se era permitido ou não, ter barzinho em casa;

Do tempo dos encontros da Comunidade da Graça no CPP nas noites de segunda-feira;

Fui viúvo do Caio Fábio, órfão da Vinde! E depois vi o Caio renascer como a Fênix;

Fui do tempo em que o púlpito não era palco nem palanque, e a congregação não era platéia;

O pastor que me batizou não era considerado um showman. Era sempre muito hospitaleiro e tinha as mãos ásperas pelo manuseio do torno e da solda. Lida com o batente durante o dia e com o rebanho a noite e nos finais de semana;

Fui do tempo em que cantores que se dedicavam a louvar a Deus não tinham fã clube. Eles não sabiam o que significa tietagem após suas apresentações;

Há 25 anos atrás, o sonho da igreja era conquistar o mundo para Cristo e nosso maior inimigo nesse processo era o diabo... Nosso inimigo não era a “igreja concorrente”. Hoje parece que o sonho é outro e, nossa igreja sempre está errada na boca de outro pastor;

Fui do tempo, das campanhas missionárias. Noite de domingo com arrecadação específica e alvo, onde o dinheiro era investido no envio de missionários para o campo, e não para outras finalidades;

Bons tempos!

Mas confesso: Não tenho saudades de tudo! Esse mundo pós-moderno e a possibilidade de ver o que Deus está fazendo nessa geração me fascina! Encanta-me, me desperta para inúmeras possibilidades.

E mesmo aos 42 anos, ainda tenho fôlego – talvez não para correr ou voar, mas para caminhar. E continuo sonhando com ser/fazer/estar Igreja. Sonho a igreja para minha filha e quem sabe os meus netos.

Sonho um tempo melhor que o meu. Sonho um tempo sem esse maldito mercado gospel, com seus ídolos forçados, e seus subprodutos.

Sonho com o dia que este mercado fique saturado a ponto de NINGUÉM suportar mais patrocinar os projetos megalomaníacos dessa gente;.

Sonho com o dia que cada vez mais cristãos se conscientizem de que seu papel não é o de manter esta indústria religiosa, que se apresenta como “ministérios”, e sim, de trabalhar pela transformação do mundo. Começando na minha casa, na igreja onde sirvo;

Sonho com o fim dessa feira de vaidades. O fim da contabilidade de vendas de produtos, da venda de pacotes mágicos para crescimento de igrejas e de estratégias evangelísticas mirabolantes. O fim do “próximo lançamento”;

Sonho com o dia em que o importante seja o que é certo, e não o que dá certo. O dia em que voltaremos ao velho e bom Evangelho, sem invencionices. Ao discipulado, vida-na-vida, sem a pressão pela multiplicação;

Sonho com o dia que deixaremos que Ele acrescente em número, enquanto nós focamos a qualidade de nossa vivência cristã: No nosso dia-a-dia. Na maneira como nos comportamos, vivemos e agimos;

Sonho com o dia em que os milagres aconteçam em ambientes domésticos e seculares, no dia-a-dia, como o meu pastor tem insistido em me ensinar: “no chão da vida! Onde as coisas de fato acontecem!”.

Enfim, sonho para os meus próximos 40 anos, com algo parecido ao que o profeta Habacuque falou: “que a Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor como as águas enchem o mar”. Não através de eventos extraordinários, marchas, cruzadas, mas através de gente anônima, ilustres desconhecidos, vivendo o Reino no chão da vida e, ofuscando o brilho daqueles que se acham indispensáveis na expansão do Reino de Deus.

Que venha o Reino!

milton paulo
pastor na vineyard café

UM DIA VOCÊ ACORDA!


Um dia você acorda e sente que já não é mais o mesmo, que o cheiro da vida mudou, que as antigas motivações não lhe servem mais, como roupas antigas e apertadas, desbotadas pelo uso excessivo.

Um dia você acorda e percebe que a luz está diferente, que os sons da vizinhança não lhe dizem mais respeito, que o som do seu coração está cansado das mesmas batidas na terra, seu coração está pedindo é para voar. Percebe que antigos sonhos estão voltando, mas não têm lugar naquele pouco espaço que lhes foi destinado, como uma revoada de passarinhos a fazer um barulho incrível no seu peito, batendo asas e soltando penas.

Você acorda e se dá conta do que não fez, de onde não chegou, dos arranjos e das coisas e gentes que usou para seu gozo, e no entanto, não conseguiu ser íntegro consigo mesmo.

Um dia acorda e percebe: decepcionado, quis crer em tantas crenças e doutrinas, se esforçou para agradar a gregos e troianos, disse “sim” quando queria dizer “não”, e deixou de falar “não” tantas vezes que já não sabia mais qual era o seu querer, quais eram os seus sabores preferidos e a direção que escolheu caminhar.

Da mesma forma, acorda e percebe que estava com saudade da sua música, seus livros, seus segredos e seu ócio. Acorda e olha para o teto, vê possibilidades acima do teto; sorri, simpatizando-se com a aranha tecendo teimosa a despeito das estocadas diárias da vassoura.Sem se render, ela recomeça toda noite, e agora você se dá conta que existe a coragem de recomeçar.

Um dia você acorda e lembra que riu, comeu e sentou a mesa com gente que de fato nunca se importou, e você oferecendo seu melhor sorriso em troca de aceitação. Que bobagem. Lembra que não protestou diante de absurdos, recolhendo-se à boa educação de sempre.Lembra que deu o relógio para a pessoa errada, e deixou de abraçar por puro preconceito, e que não tentou mais uma vez.

Um dia você acorda cansado de dizer que está cansado de viver, e decide que vai correr o risco de recapitular suas teologias e filosofias.

Um dia. Um dia você acorda.

Helena Beatriz Pacitti
Via Laion Monteiro

FAÇA O BEM E EMPRESTE, SEM NADA ESPERAR EM TROCA


Pode acontecer que no apartamento ou na casa ao lado da sua viva um cego, que muito agradeceria que fosse visitá-lo e lhe lesse o jornal. Pode acontecer que haja uma família que tenha necessidade de alguma coisa, uma coisa que seja de pouca importância a seus olhos, uma coisa tão simples como tomar conta de um bebê durante meia hora. Há tantas coisas pequenas, que são tão pequenas, que muitos se esquecem delas. Não pense que só os pobres de espírito podem trabalhar na cozinha. Não pense que se levantar, se sentar, ir e vir, que tudo quanto faz é desprovido de importância aos olhos de Deus. Deus não perguntará quantos livros você leu, quantos milagres você realizou. Perguntará se você fez o melhor que sabia, por amor a Ele. Pode dizer, com toda a sinceridade: "Fiz o melhor que sabia"? Mesmo que esse melhor seja um fracasso, tem de ser o melhor que sabemos. Se está realmente apaixonado por Cristo, por mais modesta que seja uma tarefa, você a realizará com melhor que sabe, e com todo o coração. O seu trabalho será um testemunho do seu amor. Você pode se esgotar de tanto trabalhar, pode mesmo se matar de trabalhar, mas se não o fizer por amor, esse trabalho será inútil.

TEREZA DE CALCUTÁ

SETE PALAVRAS SOBRE A IGREJA


Domingo conversamos sobre decepções e expectativas com a igreja. E tentamos através de 7 palavras chaves criar um mapa que nos ajude a entender a igreja corretamente com base não em nossas opções pessoais mas nas escrituras sagradas e no direcionamento que ela traz sobre o assunto.

Aqui estão as 7 palavras:
1. Propriedade. A igreja tem dono. Não sou eu e não é voce. Não é uma instituição. Pertence a Jesus Cristo.
"E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do Hades não poderão vencê-la " Mateus 16.18

2. Realidade. É preciso ter os pés nos chão. A igreja é essa massa de pessoas IMperfeitas que buscam a perfeição em Cristo. Alguns momentos turbulentos pode acontecer durante a caminhada. Outros momentos serão de paz (que sejam esses os mais constantes rs). É preciso viver no temor do Senhor o tempo todo.
"A igreja PASSAVA POR UM PERÍODO DE PAZ em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se edificava e, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número, vivendo no temor do Senhor. " Atos 9.31

3. Envolvimento. É a cola que liga uns aos outros. Somos todos preocupados com o bem-estar da igreja como corpo sendo pró-ativos e não empurrando pros outros a nossa necessidade de ver as coisas acontecerem. É uma caminhada. Vamos juntos.
"Pedro, então, ficou detido na prisão, mas A IGREJA ORAVA intensamente a Deus POR ELE. " Atos 12.5

4. Casa de Servos. Todos nós somos servos. Ou servimos ou morremos (de muitas maneiras diferentes). Jesus deu o exemplo. Veio para servir. Eu tenho servido ou estou querendo ser servido?
"Recomendo-lhes nossa irmã Febe, SERVA da igreja em Cencréia. " Romanos 16.1

5. Bem-Comum. Todos os nossos talentos e dons são para edificação da igreja. Não são para minha própria exaltação ou benefício. Nada de astro gospel, apóstolo, mestre dos magos ou outra idolatria qualquer.
"Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. TUDO SEJA FEITO PARA EDIFICAÇÃO DA IGREJA. " I Coríntios 14.26

6. Ordem/Modelo. Apesar de toda liberdade que temos, existe governo e existe uma autoridade em amor estabelecida pela palavra. Estamos submissos ao Cabeça que é Cristo, estamos sujeitos uns aos outros em amor.
"...como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador" Efésios 5.23 e

"Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé [não seus erros]." Hebreus 13.7 "Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens" 1 Pedro 2.13. "Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo." Efésios 5.21

7. Propósito. Não estamos aqui por nada. Deus tem preparado ha muito tempo as boas obras nas quais devemos andar. A igreja tem um chamado. Precisamos conhecer individualmente e corporativamente qual é o nosso chamado.
"à igreja de Deus que está em Corinto [ou em Curitiba] , aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso" 1 Coríntios 1.2

Espero que estas palavras chave nos ajudem como um termometro de nossas escolhas como igreja, começando em nossos lares/família, a primeira e mais importante célula da igreja e assim se expandindo para nossa família maior da qual Cristo é tudo em todos.

LEANDRO GOMES
CAPELA DA VINHA - CURITIBA

DIETA DO CHÁ


Aqui na Vineyard Café valorizamos muito relacionamentos. Parece que sinônimo disso é tudo terminar ao redor da mesa.

Por pensar assim, quero compartilhar com você a dieta do chá, que é praticada não só por mim, mas também, por 99% de nosso rebanho:

Lasanha... chá comigo
Salada... chá pra lá
Picanha... chá comigo
Carne de soja... chá pra lá
Rabada... chá comigo
Peixe grelhado... chá pra lá
Feijoada... chá comigo
Sopinha... chá pra lá
Refri... chá comigo
Chazinho... chá pra lá
Açúcar... chá comigo
Adoçante... chá pra lá
Boteco... chá comigo
Academia... chá pra lá
Rodí­zio... chá comigo
Spa... chá pra lá


Não faço desfeitas para convites ao redor da mesa!

Chá comigo!

milton paulo

Superchic[k]



O que era pra ser um projeto paralelo da finada Audio Adrenaline, se tornou uma das melhores bandas do gênero na ativa.

A junção feita em 1999 dos meninos rebeldes e impetuosos com as meninas rióticas do Superchic[k], resultou em uma das bandas de pop rock mais criativas e com qualidade superior na cena, pela sua energia inigualável.

Nas letras, assuntos pertinentes como bulimia, anorexia, amor ao próximo, e tantas outras coisas do cotidiano que se perdem durante a rapidez com que a vida passa diante de nós. No som, muita melodia, arranjos bem sonoros e muita atitude.

Dá pra ver que Superchic[k] não gosta de se limitar ao estilo pop rock, experimentando no Regeneration, lançado em 2003, versões remixadas de suas músicas. Algo com bastante cara de Audio Adrenaline, mas sem deixar de ser o Superchic[k].

Mesmo depois do fim da banda, os garotos do Audio Adrenaline continuam na ativa com esse projeto paralelo que tem mais cara de principal. Agora, mais do que nunca.

Indicado pra quem gosta de The Benjamin Gate, Plumb, Fireflight, Mutemath, Audio Adrenaline, Barlow Girl, etc..

Discografia:
[2001] - Karaoke Superstars
[2002] - Last One Picked
[2003] - Regeneration
[2005] - Beauty from Pain
[2006] - Beauty from Pain 1.1
[2008] - Rock What You Got

Mais informações:
Blessed Revolution
Site Oficial

TU ÉS O SANTO DEUS




A versão desta canção estará no novo CD da Vineyard Café.

IGREJA PRA QUE TE QUERO?



Pra que preciso fazer parte de uma igreja? Por que preciso me reunir com outros cristãos para cultuar a Deus? Qual o valor e a importância de cantar para Deus ou orar? O que mais se pode ou deve fazer quando os cristãos estão reunidos para o culto? Será que Deus fica alegre quando cantamos para Ele e triste quando faltamos o culto?
Essas são algumas das perguntas que mais ouço ao longo dos meus dias. Perguntas às vezes sinceras e honestas feitas por gente que precisa de resposta. Outras vezes, perguntas feitas com rancor e ranço por gente que quer justificar suas desilusões pessoais.
Ao longo dos anos tenho procurado responder estas perguntas! Confesso que muitas vezes não consigo. Hora, pelo tamanho dos traumas sofridos pelos interlocutores, hora pela má vontade de outros. De qualquer maneira, algumas das respostas que encontrei estão em seguida.

Penso que a comunidade cristã tem pelo menos 10 boas razões para se reunir em celebração:

- Para derramar o coração na Presença de Deus;
- Para descrever e afirmar o reino de Deus;
- Para mobilizar o povo de Deus na direção do reino de Deus;
- Para ajudar o povo de Deus a celebrar sua experiência no reino de Deus;
- Para ajudar o povo de Deus a enfrentar o anti-reino de Deus;
- Para ajudar o povo de Deus a manter a unidade do Espírito;
- Para celebrar a história com o seu povo como fonte de inspiração para a caminhada do povo de Deus;
- Para manter o foco do povo de Deus na pessoa de Deus;
- Para ensinar, consolar e encorajar o povo de Deus;
- Para proclamar o evangelho da graça de Deus.

Grande abraço!

milton

BURNOUT


Gálatas : 1.6; 3.1;

1) Você já esteve a ponto de ter um ataque histérico na igreja?

2) Você já esta cansado só de pensar no que terá de fazer amanhã? No próximo sábado? No domingo...

3) Você já se sentiu exausto por trabalhar compulsivamente nas atividades da igreja, deixando de lado suas próprias necessidades e interesses?

4) Você já exerceu seu ministério na igreja de forma mecânica, sem empatia para atuar?

5) Você já achou que desenvolver seu ministério na igreja é um trabalho estressante, frustrante e monótono (tarefa impossível de realizar)?

Se você respondeu “sim” para maioria destas questões você pode estar sofrendo da síndrome de burnout!

A palavra literalmente significa: “Queimando para fora”. Exaurido.

"Estar em "burnout" é ficar preso a uma situação sem saída, quando já se perdeu a noção da dimensão dos fatos", diz Denise Gimenez Ramos, coordenadora da pós-graduação em psicologia clínica da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e vice-presidente da International Association for Analytical Psychology.

Já para Farber in Codo, a Síndrome de burnout é uma “discrepância da percepção individual entre esforço e conseqüência, percepção esta influenciada por fatores individuais, organizacionais e sociais”. O contexto pode ser resumido na frase usual, que denota o usuário desta síndrome: “Sinto-me como se estivesse vendendo uma mercadoria estragada”.

A sindrome de Burnout é cada vez mais comum, atinge cerca de um terço dos trabalhadores que precisam se relacionar com pessoas durante o expediente. E o que isso tem a ver com igreja?

Bem, se você já se esqueceu a vida da igreja se dá na base de RELACIONAMENTOS. Somos todos nós, sem nenhuma excessão, chamados a RELACIONAMENTOS. Logo, nossas comunidades são verdadeiros focos de BURNOUT!!

Estudos clássicos mostram maior incidência de burnout em indivíduos centrados no trabalho (workaholics), fazendo da profissão o único objetivo de suas vidas. O que no nosso caso é válido com relação a igreja... Gente viciada em igreja!
Quando se fala em burnout, três fatores parecem estar associados:
1) Despersonalização (“não querer dar mais”),
2) Exaustão emocional (“não poder dar mais”) e
3) Baixo envolvimento pessoal (“não se importar”).
Esta situação de esgotamento e perda de energia, desânimo total e falta de controle geram o conflito pessoal e o sofrimento consciencial.

O QUE PODE CAUSAR SINDROME DE BURNOUT DENTRO DAS IGREJAS?
1. Um trabalho estressante
2. Um ambiente tenso
3. Competitividade do “mercado”
4. Pressão dos pastores e da liderança
5. Irritabilidade depois de muitos anos na mesma comunidade
6. Ansiedade
7. Fadiga extrema
8. A maneira como cada um consegue lidar com as frustrações do dia-a-dia

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO BURNOUT?
1. Descontentamento com a Comunidade
2. Descontentamento com Deus
3. Dores no corpo
4. Depressão
5. Aumento gradativo do colesterol e da pressão arterial
6. Possibilidade de desenvolver diabetes
7. Doenças de pele
8. Risco de enfarto
9. Em alguns casos abuso de “drogas” (Prozac, Zilium, Lexotam...)

COMO RESOLVER / COMO ESCAPAR?
1. Tendo uma visão correta de quem Deus é
2. Tendo uma visão correta de quem “eu sou”
3. Tendo uma visão correta da Igreja e seu papel na minha vida
4. Tendo uma visão correta do papel do pastor/líder da comunidade
5. Tendo um relacionamento sadio com Deus, sua Palavra, seu povo.


MILTON PAULO
pastor na vineyard café

VOCÊ É A IGREJA!

Honestamente, eu não conseguiria explicar de uma maneira melhor o que tentei compartilhar com a Vineyard Café ontem!



No amor do Pai;

milton

PROTEÇÃO DIVINA


Eu sou do tempo que brincar na rua era a máxima das crianças da decada de 80. Todo tipo de brincadeira. Das mais puras até as mais "safadinhas". Era um prato cheio para psicólogos, recrutadores, assistentes sociais e afins. Dava pra ter uma ideia, bem formada inclusive, dos perfis dos adultos que seriam no futuro.

Fui conhecer o ATARI, avô do PS3 (porque na verdade existiu o bisavô, um tal de DINAVISION ou DINACON, não sei direito se são estes ou se é assim que se escreve, que eu não vi e consequentemente não joguei) aos 9 ou 10 anos de idade. Como era de familia classe média ganhei um SUPERGAME (um primo pobre do ATARI), porem compatível com os cartuchos (você sabe o que é cartucho??) do primo rico.

Muitas coisas ficaram para trás. "...Tempo bom eh eh não volta mais..." Imagino o Tomaz fazendo coisas que eu fazia e minha mãe morreu sem saber. Os perigos que ele possa correr e eu estarei em casa, no trabalho, envolvidos em outros afazeres sem ter a minima noção deste perigo. Sinceramente, espero que ele cresça assim, enfrentando e se possivel superando os desafios da vida, porem eu sei que o meu filho sera uma "criança de tapete". Talvez empinemos uma pipa no parque mas ele vai preferir o pai dele brincando no Wii.

Mas existem tambem muitas coisas que atravessam gerações e dentre tantas uma que é "patente brasileira" é o pastel de feira. Nos ultimos anos tenho ido com uma certa frequencia às feiras livres que acontece em varios lugares aqui da região e não há vigilancia sanitária que interdite qualquer estabelecimento com um "tacho" de ágata com óleo saturado. Multidões cercam barracas, isso mesmo, multidões e barracas. Com um preço "tabelado" vc se ajeita no mais vazio e este "vazio" corresponde pelo menos uns quatro a cinco pedidos na tua frente. E aquele "potinho" de vinagrete no balcão então, dando ao pastel um sabor especial de "Varejão".

Nestas condiçoes, não tem como eu não pedir uma PROTEÇÃO DOS CÉUS. Meu filho com um pouco mais de 1 ano já experimentou destas iguarias. A minha geração ja experimentou de "um tudo" nesta vida. A geração passada então, não experimentava ja fazia parte do cotidiano, rotina. Lembro da minha mãe contando de como se conservava carne de porco. Na própria banha do bicho. Lascava um toucinho e fritava na propria gordura da conserva.
E cá estamos contando história numa espécie de "diário virtual". Meio as avessas é verdade, pois no diário da minha irmã nem a melhor amiga tinha acesso e hoje que desconfiamos da própria sombra e pouco nos importamos com relacionamentos verdadeiros e profundos, lançamos nossas vidas aos quatro ventos cibernéticos (orkut, faceboock, twitter e blog).

E os ateus, agnosticos, céticos e afins acreditam que chegamos até aqui por acaso. Se voce que esta lendo se enquadra em um destes grupos e acredita mesmo na inexistencia de Deus ou de uma "proteção superior" tudo bem. Mas quer um conselho, antes de dar aquela bela mordida no kibe da estufa repita esta oração.
"Que não me faça mal mas faça bem, em nome de Jesus. Amem..."

É isto...

fernando vieira
membro da vineyard café

REDENTORA


Me converti ao Senhor e fui por Ele convertido aos 17 anos de idade. 25 anos atrás! Não vou me atrever a dizer que “parece que foi ontem” porque a balança não deixa e, também porque essa caminhada no Caminho teve seus altos e baixos. Momentos marcantes que moldaram e mudaram minha vida para sempre.

Fazendo uma retrospectiva – coisa que fazemos quando a idade vai chegando – me recordo que meus primeiros passos foram dados sob segurança, muita segurança.

A igreja que me acolheu 25 anos atrás, possuía um lastro histórico de mais de 400 anos! Foi uma época boa e, seguir Jesus com eles era simples – difícil – mas simples. Explico:

A gente tinha roupa certa para vestir, a musica certa para ouvir, os amigos certos para andar, o vocabulário certo, a oração certa, as musicas certas e, claro, a doutrina certa que precisava ser obedecida. Tudo muito claro. As coisas não costumavam sair desse rítimo e quando saiam, ou melhor, quando saíamos, éramos punidos, perdendo alguma regalia com o restante do rebanho, ou em casos mais graves, “convidados” a abandonar o rebanho. Claro... Tudo com muita finesse: Os favoráveis levantando uma das mãos, irmãos contrários o mesmo sinal.

Apesar de muros tão altos e portões tão fechados, foi uma época boa. Sou grato a Deus pelo tempo que ali passei. Porém, chegou uma hora que essa maneira de seguir o Caminho não me satisfazia mais. Eu precisava de experiências mais profundas, (talvez essa não seja a melhor palavra), eu precisava de uma experiência mais sincera (de minha parte, não da parte de Deus), mais humana. Eu queria correr riscos com Deus e ter minhas próprias experiências com Ele. Com isso, deixei a segurança atrás do meu muro. E segui outros caminhos.

Optei em preservar a mensagem que recebi e procurar novos métodos de reparti-la. Uma cara nova, para algo (o Evangelho) que não precisa ser mudado. O Jesus é o mesmo, o Evangelho é o mesmo, porém, o relacionamento com Ele precisa ser outro.

Lá se foram mais dez anos. Minha caminhada ficou mais difícil. Aprendi a pensar. Aprendi a me responsabilizar pelos meus atos. Não posso mais me esconder atrás do muro. Me esconder atrás das respostas prontas do meu pastor. Hoje o peso é outro. A cobrança é maior, afinal, a liberdade também é maior e, com ela aumentou a responsabilidade das decisões.

Troquei a certeza de trás do muro pela dúvida das escolhas!

Hoje a sensação que eu tenho em alguns momentos é de estar sendo perseguido por um grande dragão com um ferrão na cauda me chamuscando e cobrando respostas:

Você tem certeza?
Você se divorciou de toda uma representação da cristandade?
Você não acha que esse seu flerte com a cultura vai leva-lo a promiscuidade?
Você não acha que esse sal esta insípido?
Você não acha que esse cristianismo está distorcido?
Você tem certeza mesmo... Veja bem... Tem um monte de gente fazendo diferente.

É. A caminhada ficou mais difícil! Mas sem dúvida alguma, ficou também muito mais dinâmica.

A caminhada passou a ser RESPONSIVA, tentando responder as mudanças e anseios da vida num mundo de ponta-cabeças, onde Deus continua soberano!

A caminhada ficou mais difícil! Mas eu quero mais! Mais com meu Deus, mais do Caminho. Mais dos meus erros e acertos com Ele. Sonho para os meus próximos 40 anos, ser parte de uma comunidade REDENTORA. Nas palavras de Leonard Sweet: sendo “mais rápido que a mudança e tentando dirigi-la”. Ser resposta de verdade.

Quero ler minha história e meu tempo. Ninguém pode deixar de ser reativo e responsivo, porém, ter uma participação REDENTORA “é aprender a decifrar indícios e sinais, pesquisando cenários alternativos para o futuro como exercício profético”. Eu não quero a segurança do muro, prefiro a luta com dragões.

Que venha o Seu Reino!

milton paulo

pastor na vineyard café

DESAFIOS MODERNOS


Vivemos um período em que a paixão pela verdade perde sua força e as pessoas parecem cada vez mais entediadas com o Evangelho. Parece que podemos numerar em três nossos problemas mais sérios:

1. Cristãos inquietos;
2. Igrejas mundanas, e
3. Líderes moralistas.

Vivemos uma época de ansiedade. Esta ansiedade possuí três aspectos:

1. Ansiedade física (ôntica). O medo das doenças e da morte.
2. Ansiedade moral. O medo da culpa e da condenação somado as respostas inadequadas da igreja. O prospecto de punição no fogo do purgatório e do inferno aumenta o sentimento de culpa e de condenação, e
3. Ansiedade existencial. O medo de que a vida não tenha sentido nem propósito. O medo da anarquia e do caos aliado ao temor de um apocalipse iminente levantam inúmeras questões sobre o sentido e o propósito da vida.

A resposta da teologia popular a esses terrores é simples: esforce-se ao máximo e espere o melhor!

Essa proposta popular não vem primariamente por Cristo, mas pelos esforços da própria pessoa. Mas, o quanto é suficiente? Que nível de perfeição a pessoa precisa alcançar para receber a graça divina e tirar a alma ansiosa do abismo do medo?

A igreja contemporânea precisa de uma resposta que ataque a raiz e, não somente pode as folhas...

Discursos morais não nos ajudarão.
Discursos filosóficos não nos ajudarão
Discursos psicológicos não nos ajudarão

Para atacarmos a raiz do problema precisamos da centralidade da cruz. A única salvação segura é aquela que renuncia as obras. Durante séculos, a teologia medieval tentou conciliar a filosofia grega com a teologia genuinamente cristã. Porém, esta tentativa fracassou.

A nossa salvação está na cruz. Ela nos confronta com duas verdades que de outra maneira não iríamos encarar:

1. Somos inimigos de Deus;
2. Deus amou os seus inimigos em Cristo.

nEle,

milton paulo

COISAS QUE APRENDEMOS EM SILÊNCIO


Jeremias e Lamentações, estão me fazendo companhia nesses últimos dias. Lendo Lamentações 3, me lembrei de coisas que aprendi no silêncio.

Certa ocasião fiquei 3 dias sem poder falar. Vítima de uma inflamação na garganta, perdi a voz por completo e só podia me expressar verbalmente através de gemidos ou sussurros, o que, para quem gosta de falar alto e o tempo todo, foi um verdadeiro castigo.

Deus queria me ensinar algumas coisas sobre o silêncio nesses dias. Deus me ensinou que podemos aprender grandes lições na vida se conseguirmos parar para ouvir, meditar, refletir, enfim, pararmos em silêncio.

A palavra silêncio vem do hebraico Mmd (damam) e do grego hsucia (hesuchia). Ela aparece ao todo 34 vezes na bíblia. Silêncio é ausência de som audível. Silêncio possibilita ouvirmos o que não é audível, ou seja, a voz de Deus, a direção do Espirito e outras coisas próprias do silêncio de uma alma que busca a Deus.

Jeremias aprendeu a ficar em silêncio. Você pode aprender grandes verdades de Deus através do silêncio. No silêncio aprendi:

1. A TER ESPERANÇA (Verso 21)
"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança."
Jeremias aprendeu a "trazer à memória", processo silencioso mas muito produtivo para trazer esperança ao coração.
Quais são os fatos de sua vida que podem fazer você ter esperança ?

2. QUE AS MISERICÓRDIAS DE DEUS SE RENOVAM DIARIAMENTE ( Versos 22 e 23)
"As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade."
A expressão "cada manhã" vem do hebraico rqb (boqer) que significa literalmente "nos primeiros instantes do dia". É no instante que você está sozinho, acordando, não falou com ninguém, não leu os jornais, não consultou sua conta no banco. É nesse momento que você, em silêncio, aprende que as misericórdias de Deus não tem fim e, estão se renovando no silêncio da sua manhã.

3. A ESPERAR EM DEUS (Versos 24 e 25)
"A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca."
Jeremias diz que sua alma falou. A voz da alma é uma voz silenciosa. Não quebra o silêncio da manhã e nem o trazer a memória. A alma fala para esperar, esperar em Deus. A alma diz que a porção, ou seja, o sustento diário não vem de Deus mas sim é o próprio Deus.

4. A SALVAÇÃO DE DEUS (Verso 26)
"Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio"
A salvação aqui é descrita em todos os seus sentidos: a eternidade, a momentânea, a contextual, enfim, é a salvação que eu preciso agora e a que precisarei quando partir desse mundo. Martin Lloyd Jones diz que é no silêncio que aprendemos que nossa vida está totalmente guardada e preservada por Deus. O som metálico e rude afasta as esperanças mas o silêncio as traz com grande intensidade.

5. A SOLIDÃO PODE TER PROPÓSITOS ESPIRITUAIS SIGNIFICATIVOS PARA A VIDA (Verso 28)
"Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto esse jugo Deus pôs sobre ele"
O silêncio sugere solidão, e muitas vezes Deus nos impõe a solidão para aprendermos coisas significativas sobre Ele, como por exemplo a submissão a Deus. Deus diz "assente-se". Não fique lutando para sempre ter pessoas no teu lado. Talvez Deus esteja querendo conversar a sós com você.

6. A NOS HUMILHARMOS DIANTE DE DEUS E RECONHECERMOS O QUANTO ELE É GRANDIOSO ( Verso 29)
"ponha a boca no pó; talvez ainda haja esperança."
Deitar ou sentar no pó era sinônimo de luto ou tristeza profunda. Colocar a boca no pó não era coisa comum, pelo contrário, sugeria uma humilhação profunda e desesperada. Von Rad, um teólogo do velho testamento, sugere sobre essa expressão que ela significa o ato de alguém não ter mais nada o que dizer sobre alguma situação. Não há palavras, só há silêncio.
É quando paramos de dar opiniões humanas que a esperança nasce em nosso coração. Você gostaria de estar assim, em silêncio diante de Deus e profundamente humilhado ao ponto de admitir que nada que você fale possa mudar a situação?

Deixe Deus falar.
É bom saber que ainda que no silêncio Deus fala ao nosso coração.

MILTON PAULO
pastor da vineyard café

PECADOR OU VÍTIMA?


Num desses dias, alguém me perguntou como se deve proceder quando em pecado. Respondi o óbvio: arrepender-se. A pessoa contestou dizendo que o pecador também é vítima e precisa ser entendido como tal.

Essa me parece ser a discussão dos dias correntes: pecador ou vítima?

A Bíblia reconhece que qualquer pessoa pode ser vítima do pecado de alguém ou mesmo da conjuntura social, ou da estrutura politico-econômico-social, porém, não entende que isso possa justificar qualquer ato pecaminoso. Para a Bíblia todo ser humano é sujeito da e na história, principalmente, de sua história. Todos são pessoalmente responsáveis, ainda que possa haver atenuantes ou agravantes.

Para a Escritura Sagrada o que se pede do pecador é que se arrependa, isto é, que assuma o seu erro e a sua responsabilidade. Arrepender-se é aceitar a punição da lei. Um pecador arrependido é aquele que admite merecer a punição que a Lei de Deus prescreve para ele. Que, em última instância, é a morte: “A alma que pecar, morrerá.” Ez 18.4.

O Novo Testamento, entretanto, nos ensina que todo o pecador que se arrepender, isto é, todo o que admitir e confessar o seu pecado será por Deus perdoado, como ensina o apóstolo João. 1Jo 1.9. E, por ser perdoado por Deus, deve ser perdoado pelo ser humano a quem ofendeu. Entretanto, o pecador não tem como exigir o ser perdoado. O pecador pede perdão, mas, não o exige; pelo simples fato de que perdão não é um direito do pecador é uma benesse do ofendido. Porque perdão é graça.

É verdade que o cristão não tem como não perdoar. Mt 6.12. Contudo, essa é uma questão entre a vítima e Deus. Além disso, o pecador não tem o direito de reclamar do sofrimento de que foi acometido como conseqüência de seus atos - no relacionamento ofensor e ofendido (isso não justifica o ofendido, caso sua reação seja pecaminosa). É a lei da semeadura: “Semeia-se vento, colhe-se tempestade.” Os 8.7. E é preciso que se diga que, por pior que seja o sofrimento que o pecado venha a provocar sobre o pecador, ainda é menor do que o Inferno ao qual ele fez jus.

Todo o que confessa o seu pecado será perdoado e restaurado por Deus. 1Jo 1.9. Porém, confessar é assumir a responsabilidade e admitir a justiça da punição pelo que fez. Ainda que a punição não virá pelo fato de já ter sido sofrida por Cristo.

Nesta época tal reflexão está se tornando impensável: porque vivemos numa era de vítimas. Hoje, não importa o erro que a pessoa cometa, ela é sempre vítima: seja da sociedade, seja da história, seja da economia, seja da política, seja das instituições, seja da família. Ninguém é culpado. Logo, como alguém disse: é uma época em que ninguém assume a responsabilidade, nem adia prazeres e nem se presta a sacrifícios.

Essa época é pós-cristã não porque não se fale mais de Deus, pelo contrário, provavelmente, poucas vezes na história se falou tanto de Deus, mas, porque não se fala e nem mais se admite a realidade do pecado. Esta é uma era onde não há mais pecadores, só há enfermos. É o auge do humanismo: o pressuposto de que o ser humano é intrinsecamente bom venceu; e, ora, gente intrinsecamente boa não peca, adoece. E doentes são vítimas.

O que ainda não se percebeu nesta presente era é que doentes não podem ser perdoados. Só pecadores podem ser perdoados. Logo, só pecadores podem ser restaurados; só pecadores podem ser tornados puros de toda a injustiça que cometeram. O que será dos que estão prontos para assumir que estão enfermos, mas, jamais que são pecadores? A probabilidade maior é a de continuar pecando cada vez mais e pior, contraindo, aí sim, uma doença para a qual não há cura: a voracidade de ser aceito de qualquer jeito, por julgar ter o direito de ser de jeito qualquer. Essa enfermidade coloca a pessoa a deriva dos mais grotescos apetites, tornando-a escrava dos instintos, que se tornarão cada vez mais irresistíveis. É a escravidão do pecado. Jo 8.34. E disso só se escapa quando, finalmente, a todos os pulmões o pecador confessa: “Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”.

ARIOVALDO RAMOS

ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA


Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Tiago dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Paulo dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

Por Tonho
ele é um dos fundadores do underground - missão portas abertas

SIMPLES E BEM VINDO!


Li Filipenses 4. 8-9 e escrevi esta oração que reparto com você. Li o texto muitas vezes e depois li e reli a oração outras tantas vezes. Fiz destas leituras minha devocional durante muitos dias. Alegrei-me e entristeci-me, mas, o resultado foi bom.

Quão difícil é ocupar a mente com o que é proveitoso e bom para a alma, o espírito e o corpo também. Como sou vulnerável aos pensamentos estranhos e até esquisitos. Por causa disto li o texto de Filipenses e escrevi esta oração que li orando muitas vezes.

Nossa, que desafio é pensar o tempo todo o que é bom para mim e também para o outro, o meu próximo, o meu irmão, o meu amigo, o inimigo, o colega de trabalho, o motorista do lado, o policial que me multa, o governo que é injusto, o ermpresario que é ganancioso, o ladrão que me rouba, o vendedor que me suborna, o comprador que pede a propina, o pastor que defrauda, o fiel que exige e cobra, nossa, meu Deus, que desafio.

Por causa disto, li e reli muitas vezes Filipenses 4.8-9 e escrevi esta oração e a li outras tantas vezes.

Fiz isto pra me lembrar. Pra não esquecer. Pra me encorajar. Pra confessar. Pra pedir perdão. Pra me arrepender. Pra tentar outra vez. Pra começar outra vez.

Fiz isto pra poder caminhar.

Olha, escolha um texto bíblico. Leia-o devagar e pausadamente varias vezes. É, não se canse logo. Depois, escreva um a oração. Sua oração à luz do texto. Leia sua oração muitas vezes e encontre nela o que de fato há dentro de você.

Aqui está minha oração escrita à luz de Filipenses 4.8-9:

"Pai Eterno, só Tu sabes de fato o que é TUDO. Crendo que Tu sabes TUDO de mim, sabes que TUDO em mim é instável, incerto, inseguro, estranho. Sabes que meu cotidiano é a complexidade do meu ser. Sabes que ocupo minha mente, meu coração com itens menores. Ao mesmo tempo, muitas vezes no cotidiano, surge uma sede, uma fome, um espaço, um vazio que só é saciado, preenchido por estes valores eternos. Nestes mínimos de sintonia , sinto Tua Paz. Assim, diariamente me alimentas, me sustentas e por causa disto, caminho outro dia, outra vez. Pai, é assim que tem sido, pois é assim que é. Nada Lhe peço, pois, saber que me ouves, já é uma benção impagavel. Em Cristo.
Amem."

Boa semana!

carlos bregantim
caminho da graça - são paulo

VIVER NÃO DÓI



Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.


Carlos Drummond de Andrade

PRÓXIMO SÁBADO

Um evangelho prostituído


Tenho estado muito indignada com relação ao rumo que “igreja” brasileira tem tomado. É impressionante a variedade de coisas que encontro nela, mas creio que falta algo: seria Jesus?

Quando ligo minha televisão e me deparo com um pregador apresentando as vantagens que podem ser adquiridas quando se aceita a Jesus, eu sinto vontade de chorar! Quando eu vejo a deturpação que é feita com o evangelho em meio ao sistema religioso (que insistimos em chamar de igreja) tenho vontade de gritar!

Vivemos em uma crise silenciosa, onde a maioria das pessoas não notam sua existência, ou preferem fingir que não notam. O cristianismo que tem sido pregado hoje é um cristianismo produzido por homens que insistem em apresentar a cruz como um produto que trará benefícios ao seu consumidor. Esse pensamento tem sobrevivido e crescido a cada ano. Cada dia mais e mais pessoas conhecem esse Evangelho deturpado e passam suas vidas acreditando que por irem aos cultos de domingo, serem dizimistas e cumprirem todos os seus ritos religiosos são salvos! E dessa forma, crianças tem crescido achando que Jesus se limita a estas teorias baratas, gerações tem sido enganadas por discursos puramente humanos.

Podemos conceituar inúmeros motivos para a atual situação da igreja: a falta de apóstolos, a falta de temor, a ganância dos homens, etc. Porém, todos eles levam à um mesmo ponto: A igreja de hoje não conhece a Cristo! Não o conhecemos como Ele realmente é, ou não tão profundamente como deveríamos. O conhecemos de ouvir falar ou, muitas vezes, construímos um Deus desejável à nós e que nos trará vantagens (principalmente financeiras).

Será que somente a Cruz não é o suficiente para compreender o que é o evangelho? O evangelho pregado hoje diz que a partir de nossas obras somos merecedores de ter ou não, de possuir ou não. O evangelho do Reino diz que não somos merecedores de nada, que somente pela graça não somos condenados à morte e somente através da graça fomos redimidos.

O Filme “Eu sou a Lenda” ilustra muito bem isso. Um vírus mortal foi liberado no planeta (pecado), todos foram contaminados, porém um homem (Jesus) dá a sua vida para que os infectados pudessem ter a cura. Esse é o evangelho! Não somos nada, estávamos condenados à morte por causa do pecado criado por Satanás, mas Jesus veio, se sujeitou a ter um corpo humano, a viver nessa terra, morreu e pagou o que nós deveríamos pagar! E depois de tantos anos surgem pessoas querendo deturpar essa mensagem, buscando construir um evangelho que tenha a oferecer bênçãos! Será que não se compreende que a benção é Jesus? Será que o que foi feito na Cruz não é o suficiente? A igreja tem seguido mais letra de musica do que a própria Bíblia. O evangelho tem sido prostituído com o que há de mais podre no homem.

“Toda a criação aguarda ansiosa pela manifestação dos filhos de Deus” (Romanos 8:19), mas como os filhos se manifestarão se eles nem conhecem o Pai? A maior parte da igreja não compreende o valor da cruz, e não a possui como a essência do evangelho. Oro a Deus para que nestes dias Ele dê a revelação do calvário à sua igreja. Chega de mentira! Que Venha o teu reino Senhor!

Luzia Gavina
| Vineyard São Gonçalo | RJ

Switchfoot

Você conhece o Switchfoot?
Switchfoot é uma banda de rock alternativo de San Diego, California. A banda é formada por: Jon Foreman, Tim Foreman, Chad Butler, Jerome Fontamillas e Drew Shirley. Conhecidos por seus shows ao vivo que constumam ser bem pesados com 3 guitarras tocando ao mesmo tempo, o "som do Switchfoot" é uma mistura de ataques fortes misturadas com baladas eletrizantes.

"Switchfoot" é um termo usando no surf. Ele indica uma manobra, onde o surfista dá um salto de 180 graus na prancha ficando em uma posição diferente, aberto a uma nova perspectiva. Assim como o nome, de início a característica sonora do grupo era muito influenciada pelo surf.

Eles dizem fazer música para pessoas que pensam; com letras temáticamente filosóficas, baseada em poemas e perspectivas alternativas. Mas também acreditam que a música pode ser aplicada para dois grupos: uma audiência Cristã e a outra audiência que é "secular." Eles tentam agradar dois tipos de audiência ao mesmo tempo.

Hoje, lá fora, a banda faz muito sucesso graças as suas músicas que estão nas trilhas sonoras de séries e filmes, em especial Homem Aranha 2 e As Cronicas de Narnia. Depois destas gravações a banda explodiu em vendas e expandiu seu público no mundo inteiro.

Alguns albuns dos caras já foram lançados aqui no Brasil.
No próximo dia 10 de novembro eles lançam o CD Hello Hurricane, um prato cheio pra quem gosta do bom e velho rock n´roll.

Abaixo, o primeiro single deste CD, Mess Of Me.


Enjoy

A DISCIPLINA DA ORAÇÃO


Uma das tragédias da nossa vida é continuarmos a esquecer-nos de quem somos e a perder muito tempo e energias a demonstrar o que não precisa ser demonstrado. Somos filhos e filhas amados de Deus, não porque tenhamos demonstrado ser merecedores do amor de Deus, mas porque Deus nos escolheu livremente. Mas é muito difícel manter o contado com a nossa autêntica identidade, porque os que querem o nosso dinheiro, o nosso tempo e a nossa energia aproveitam mais da nossa insegurança e receios que da nossa liderdade interior.

Por isso, precisamos de disciplina para continuar a viver de verdade, e para não sucumbir às incontáveis seduções da nossa sociedade. Onde quer que estejamos, há vozes a dizer-nos: "vá para cá, vá para lá, compre isto, compre aquilo, faça o conhecimento deste, faça o conhecimento daquele, não perca isto, não perca aquilo", e assim por diante. Estas são vozes que continuam a desviar-nos da voz calma e suave que fala no centro do nosso ser: "Tu és o meu filho amado, és o meu enlevo".

A oração é o exercício para escutar essa voz de amor. Jesus passou muitas noites em oração escutando a voz que lhe falara no rio Jordão. Também nós devemos orar. Sem oração, tornamo-nos surdos à voz do amor e ficamos confundidos com as muitas vozes competitivas que exigem a nossa atenção. E como isto é difícil! Quando nos sentamos durante meia hora - sem falar com ninguém, sem ouvir música, sem ver televisão ou sem fazer nenhuma leitura - e procuramos permanecer quietos, vemos-nos tantas vezes tão abafados pelos nossos barulhos interiores que mal podemos esperar por nos ocupar e distrair de novo. A nossa vida interior, com freqüência, se parece com uma bananeira com macacos aos saltos! Mas, quando decidimos não fugir e manter-nos em silêncio, esses macacos eventualmente vão-se embora por não lhes darmos atenção, e a voz suave e calma que nos chama "amados" pouco a pouco faz-se ouvir de novo. A maior parte das orações, Jesus as fez de noite. "Noite" significa mais do que a simples ausência de sol. Significa também a ausência de sensações de comprazimento ou de iluminações interiores. Eis porque é tão difícil sermos fiéis. Mas Deus é maior que o nosso coração e que a nossa mente e continua a chamar-nos "amados"... para além de quaisquer sentimentalismos.

HENRI NOUWEN

A CENTRALIDADE DE CRISTO


Acredito que, enxergar Cristo fora dos guetos eclesiasticos, no nosso caso especificamente os evangelicos, seja um dos desafios das igrejas deste século. As pessoas que se encontraram com Ele são, sem dúvidas, as mais privilegiadas. Porem quem são, onde estão e como estão...

Dentro de um pragmatismo religioso, colocamos de certa forma o POVO DE DEUS acima do senso comum. Moda, musicas, dinheiro, bens, são futeis enquanto não nos convem. E quando convem, o discurso não acompanha a prática ou vice-versa. Como povo de Deus sentimos cercados e pressionados a sinalizar o Reino e fazer valer o que nós somos diante do sacrificio, cumprir nosso legado terreno. (Apenas uma obsevação, esta leitura tenho feito a partir de pessoa com quem tenho caminhado a algum tempo. Pessoas sérias que, apesar delas, tentam viver um cristianismo puro, sem mascaras, cheias de dúvidas mas com um coração aberto para um agir genuíno de Deus. Por favor não as misturem com aqueles que vc tem visto na mídia. À estes cabem... bom, eles se bastam.)

De certa forma concordo com isto. Se estamos aqui apenas para perpetuar a especie e que a minha geração futura desfrute de uma vida mais confortavel com bens materiais, acho que fracassei como pessoa. Acho que vida é muito mais que isto sim.
Como bom cristão que sou (ah tá, sei) deveria investir no bem estar comum. Pensar menos em mim e mais nos outros, ser leal, apesar de duvidas, a minha fé cristã, ter os olhos de Deus, empenhar-me nas disciplinas espirituais, amor a Deus e ao proximo, servir mais, mesmo sem a recíproca, enfim mais de Deus atraves de mim, apesar de mim.

A busca incessante pela paz, justiça e amor deveriam nos atestar mais como pessoa à teologia ou filosofia que seguimos e até mesmo defendemos. Acredito que, ao redor do mundo, porções desta tríade são manifestadas não importando o credo apesar do caos aparente. Muitas instituições sérias em defesa da vida foram e são criadas de modo a diminuir o abismo, aliviar a dor, assistir o necessitado e acredito que isto seja a porção da graça de Deus agindo em todos, por todos sem distinção seja ele o abençoador ou o abençoado.

Entretando tenho questionado as minhas ações e a falta dela. Quando faço, pra quem estou fazendo e a quem estou servindo? E quando não faço, quem é o maior prejudicado? Havera ainda uma segunda oportunidade para as duas pontas da corda? O faminto, a viuva, o pobre de espirito, o cansado é o final da cadeia?

Creio que não. Existem vidas inteiras atras e na frente da cesta basica, atrás e na frente da esmola, atrás e na frente do trabalho oferecido, atrás e na frente da ignorancia e frieza da situação. Vidas que, seja dando ou seja recebendo, precisam de algo à mais. Não pense vc que agora desfilarei a teologia do pobre ou da missão integral, não tenho cacife pra isto. E tambem não vou jorrar palavras hipócritas do tipo "Pessoas não precisam de assistencialismo, elas precisam mesmo é de Deus". Não mesmo. Quando cito "vidas inteiras atras e na frente da..." quero instigar pensamentos e trazer perguntas, mesmo sem respostas, sobre o CENTRO DE NOSSAS ATITUDES. Será que estou oferecendo algo além da cesta básica? Será que esta pessoa deseja algo alem da cesta básica?

Nisto concluo que não é de se estranhar que pessoas estão muito a vontade sem uma vida comunitária, sem Deus, sem uma religião (seja ela qual for), sem relacionamentos. A pós modernidade nos "catapultou" para isto. Aos que querem ou se sentem de certa forma obrigados a agir, bastam alguns telefonemas ou alguns cliques na internet vc ajuda (e muito) pessoas que voce nunca saberá quem é, seu nome, sua história, seu mundo. E aos que precisam ser ajudados bastam se inscrever em algum programa do governo, pastoral, caritas ou afins para terem seu "desejo" saciado. Volto a perguntar, será que é só isto? Não temos mais nada a oferecer a não ser nossa mão de obra e agindo assim aliviamos aquele "peso da consciencia"? Na minha opinião, acho que existe uma lacuna e é neste nicho que deveriamos agir.

Fazer por fazer não alivia em nada e deixar de fazer testifica que, por mais crises existenciais o homem tenha, em ultima instancia os seus interesses sempre estarão em primeiro plano. A história bonita do exemplo do patrão do Doug (ver texto abaixo) não está no emprego dado a um morador de rua e sim na possivel mudança proporcionada a vida dele e dos seus. Acredito que perrmitir uma mudança (no nosso dialeto "conversão") é a maior dádiva que podemos proporcionar à aqueles que foram criados a imagem e semelhança de Deus e que esta mudança possa ser gerada nos dois extremos. Neste caso acho que atingimos o objetivo, preenchemos a lacuna.

É isto...

PS: Quanto a conversão, acredito que seja mais que uma mudançao de religião, denominação, filosofia ou algo parecido. "Prefiro ser esta metarmofose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Fernando - membro da vineyard café

PRECONCEITO

Até onde vai o seu preconceito?

Via Pavablog

CONSTRUINDO UM PEQUENO GRUPO



Você sabe que uma casa se faz com tijolos. E sabe também que um amontoado de tijolos não é uma casa.

O mesmo se aplica a um Pequeno Grupo: um “amontoado” de pessoas reunidas numa sala não é necessariamente um grupo.

Ao longo dos últimos anos, tenho aprendido que um Pequeno Grupo não começa através de uma convocação do púlpito ou do anuncio no informativo da igreja, mas na verdade, é um processo de conduzir pessoas do conhecimento superficial à mutualidade e intimidade. E isso, muitas vezes, é lento, sacrificial, cheio de idas e vindas... Porém, absolutamente fascinante!

Por isso, nessa volta das reuniões de PG na Vineyard Café, quero avaliar com você o processo de formação de um Grupo.

Como é que você sabe que seu grupo já é de fato um Grupo?

Podemos responder isso de 4 maneiras:

1. Um grupo é Grupo quando cada participante pensa em si mesmo como membro de um Grupo. Tornam-se comuns expressões como “nós” e “nosso” e todos sentem a “obrigação” de das satisfações de sua ausência ou desejam incluir outros em atividades que antes eram consideradas “privadas”.

2.
Um grupo é um Grupo quando as máscaras são retiradas e cada participante sente-se livre para ser o que é. Um Grupo existe quando o ambiente de confiança é tal que as pessoas podem se expressar sem constrangimentos, na certeza que serão ouvidas, aceitas e ajudadas.

3. Um grupo é um Grupo quando há expressões práticas de “uns aos outros” além das fronteiras das reuniões regulares. Quando o único contato entre os participantes é a reunião do Grupo, então ainda não existe Grupo, apenas uma sucessão de reuniões sempre com as mesmas pessoas. Quando os participantes começam a exercitar a mutualidade como fruto dos relacionamentos que surgiram a partir das reuniões, então de fato existe um Grupo.

4. Um grupo é um Grupo, quando cada participante contribui, à sua própria maneira, para que as respostas procuradas “apareçam”. Quando pessoas começam a desenvolver relacionamentos, logo percebem as necessidades umas das outras. E muitas vezes, os participantes do grupo, isolados uns dos outros, não possuem respostas, mas o processo de Grupo pode fazer com que elas “aconteçam”.

Bom, com a definição acima, acho que deu para perceber que um Grupo não nasce da noite para o dia. Há um trabalho de parto, e às vezes doloroso e demorado, para que pessoas se entreguem umas às outras numa relação de confiança e mutualidade.

Quais seriam então, os compromissos que cada participante deve assumir para que contribua neste processo de formação do Grupo?

1. Para que um grupo de torne um Grupo, cada participante deve dar prioridade ao ESTAR. A convivência é porta de entrada da intimidade. Nenhum relacionamento se constrói sem que as pessoas envolvidas separem tempo uma para a outra.

2.
Para que um grupo se torne um Grupo, cada participante deve ser perseverante em respeitar o processo de crescimento em direção a intimidade entre as pessoas e maturidade do Grupo. Quem tem pressa deve procurar um analista, um terapeuta ou o pastor. Quem deseja construir relacionamentos significativos deve respeitar não somente o próximo, como também a si mesmo.

3.
Para que um grupo se torne um Grupo, cada participante deve ser honesto e transparente em seu relacionamento com os demais.

a. Expressar de fato os sentimentos;
b. Falar o que pensa do que aderir a maioria;
c. Agir naturalmente e, não “vender” uma imagem;

Pensando dessa maneira, vamos adotar nos Pequenos Grupos da Vineyard Café, a ferramenta “A VOZ DO CORAÇÃO” do Pr. Carlos Queiroz. Que na verdade, nada mais é que a prática da Lectu Divina.

Nossos PGs são reuniões entre 3 e 8 pessoas para leitura da Bíblia e Oração, que pode ser resumido da seguinte maneira:

1. ACOLHIDA
2. CONVITE (PAI, FILHO ESPÍRITO SANTO)
3. LEITURA, CONTEMPLAÇÃO, COMPARTILHAMENTO
4. OBEDIENCIA
5. ORAÇÃO

Simples assim!

milton paulo | pastor da vineyard café

VINEYARD CAFÉ | NOVO SITE

Já esta no ar nosso novo site. Pra vc que já conhece ou quer conhecer um poco mais da Vineyard Café, visite e entenda um pouco mais do que fazemos, como fazemos e porque fazemos.

Falta alguns ajustes, mas já da pra ter uma idéia de como esta ficando.
Assim como no nosso blog, vamos fazer do nosso site uma ponte até vc.

Acesse: www.vineyardmogi.com.br e aproveite.

Nos vemos no caminho.

ALVO


Gostaria que o título dessas linhas fosse: COMO SOMOS. Mas na verdade, ainda não somos assim 100%. Algumas coisas ainda estão acontecendo, outras já acontecem. Bom, a idéia aqui é falar um pouco da Café. Este é o caminho que estamos trinhando, nosso alvo.

1. Aqui, investimos mais no crescimento espiritual do que em programas. Na sociedade moderna existe um desprezo por valorizar mais instituições do que pessoas. Percebemos isso, aliás, o próprio Jesus já deu prova disso, mostrando que o homem vale mais do que o sábado, templo, tradições e tantos outros valores;

2. Aqui, priorizamos o treinamento, a capacitação e a edificação do corpor de Cristo e não a instituição chamada igreja. A Bíblia é clara quando mostra que os crentes são e não participam de uma igreja. Cremos que pessoas responsáveis e comprometidas fazem o reino de Deus expandir;

3.
Aqui, incentivamos os frequentadores a participar de uma forma responsável no crescimento do grupo. Eles convidam seus amigos e vizinhos para Celebrarem ao Senhor, falam bem da Café, testemunham sobre sua fé e estão abertos para acolher e integrar as pessoas que chegam;

4.
Aqui, temos um sistema organizacional flexível, possibilitando as mudanças necessárias para enfrentar os desafios desse novo mundo. Avaliações são feitas frequentemente para repensar estruturas e modernizar o que já é ultrapassado;

5. Aqui, não há intocáveis, nossos líderes estão abertos para a crítica construtiva e justa. Um clima de diálogo é sempre visto entre a liderança e a humildade é marca de todos que exercem alguma função dentro da estrutura da igreja;

6. Aqui, não substituimos a oração e a pregação bíblica por elementos de menor importância. Modismos, chavões, conversa fiada e outros elementos são deixados de lado;

7. Aqui, temos uma atitude positiva. A temática é sempre construir, tentar, elogiar, animar e não reclamar, murmurar, deixar ou abandonar. Ainda que as coisas não stejam completamente bem, sempre olhamos para o lado positivo na construção do futuro;

8.
Aqui, nossos pastores e líderes são comprometidos com Deus. São homens humildes que reconhecem sua humanidade. Não são super nem ultra, são apenas pastores. Estão sujeitos a errar, mas quando isso acontece, vê-se neles uma atitude de humildade e correção. Não fazem tudo, mas não deixam de fazer o mais importante. Podem não satisfazer a todos os gostos mas são honrados e respeitados por sua comunhão com Deus;

9.
Aqui, não limitamos o poder de Deus, não humilhamos nossos frrequentadores, estamos engajados na sociedade que vivemos, não nos baseamos no passado, não desistimos dos desafios, não escolhemos o caminho mais seguro, não decidimos por pressão;

10.
Aqui, queremos ser amorosos, onde a convivência com Deus e o calor humano geram um clima de bem estar espiritual e emocional. Queremos ser abertos a vontade de Deus.

Aqui, é a VINEYARD CAFÉ, somos igreja (pessoas chamadas para fazer alguma coisa e não para um lugar), nao somos clube, não somos sociedade anônima, não somos organização, não somos empresa. Apenas igreja, nada mais que isso.

Seja bem vindo!


milton paulo | pastor da vineyard café

MORE COKE | Legendado

ENQUANTO VC NÃO CONSEGUIR VER ALEM DISSO, VAI VER APENAS UMA LATA DE COCA...
nossa, eu podia dormir sem essa!

Live In Me | Legendado

NÃO VIVA POR MIM, VIVA EM MIM! + 1 vídeo do One Time Blind. Tente não se indentificar.

NOITE DE ADORAÇÃO

DA MENTE AO CORAÇÃO


Como é que se faz realmente para ter o coração fixo no reino de Deus? Quando estou deitado incapaz de dormir por causa das minhas muitas preocupações, quando faço o meu trabalho, preocupado por tudo poder dar errado, quando não consigo desviar a minha atenção de um amigo moribundo, o que é que devo fazer? Fixar o meu coração no Reino? Muito bem, mas como é que se faz isso?

Há tantas respostas a esta pergunta como há pessoas com diferentes estilos de vida, personalidades e circunstâncias externas. Não há uma resposta específica que corresponda às necessidades de todos. Mas há algumas respostas capazes de oferecer orientaçoes úteis.

Uma resposta simples é passar devagar da mente ao coração, recitando uma oração tão atentamente quanto possível. Isto poderá parecer-se com o oferecer uma muleta a alguém que nos pede para lhe curar uma perna quebrada. A verdade, no entanto é que uma oração com o coração, cura. Podemos usar o Pai nosso, o Salmo 23, as palavras do apóstolo Paulo ao coríntios sobre amor (1Co 13), ou as palavras de Francisco de Assis: "Senhor, faze de mim um instrumento de tua paz...".

Enquanto estamos deitados, enquanto conduzimos o carro, ou esperamos pelo ônibus ou levamos o cão para passear, podemos deixar que as palavras destas orações passem pela mente, procurando simplesmente escutar com a nossa própria interioridade o que elas querem dizer. Continuaremos, é certo, a ser constantemente distraídos com as nossas preocupações, mas pouco a pouco descobriremos que essas preocupações se tornam cada vez menos obsessivas e que realmente começamos a gostar de orar. E, ao descer a oração da nossa mente para o centro do nosso ser, descobriremos o seu poder de curar.

Henri Nouwen

SOBRE AMAR - UM ENSAIO


Amar não é precisar.
Amar é, deliberadamente, querer bem; apesar de ... independente de ...

Pelo dicionário: “Amor – sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem; sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro.”
Pela bíblia: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.” (1 Coríntios 13:4-7).

Sendo assim, posso afirmar que: Amar, definitivamente, não é responsabilizar o outro pela própria felicidade (ou infelicidade).

Eu é que sou responsável por mim!!!! E se assim não for, aí então certamente serei infeliz e farei todos os outros infelizes também.

Amar é ao mesmo tempo ser consciente de que sou responsável pelos meus atos e por minhas escolhas e, voluntariamente, olhar para o outro, querer o bem do outro, se importar com o outro, independente de correspondência, gratidão ou reconhecimento que possa haver da outra parte, ou não.

Por isso o amor de Deus vai na contramão do amor que conhecemos.
Enquanto o mundo prega, “silenciosamente” em cada romance, que amar é encontrar alguém que nos faça felizes, percebo que segundo Deus o amor tem mais a ver com a minha atitude em relação ao outro do que meramente esperar que o outro me supra naquilo que eu só serei suprido em Deus.

Volto a dizer: Amor não é precisar, não é depender, não é pensar em mim e nos meus interesses que “precisam” ser imediatamente atendidos. Amar é esforçar-se pelo bem DO OUTRO, nem que isso nos custe algumas lágrimas, muitos momentos de paciência e o constante renovar da esperança.

vivian leme | membro da vineyard café

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